Somos um movimento de organizações da sociedade que a partir da identificação, sistematização e mapeamento de experiências procura se articular no estado com o objetivo de fortalecer as iniciativas agroecológicas
Na noite dessa segunda-feira as 20 horas houve a abertura oficial do encontro com uma mística, e após isso o ato politico, onde as entidades organizadoras e também representantes do governo estadual da Bahia e federal compuseram a mesa, como Eduardo Soares, da Diretoria de Política Agrícola e Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), Ministério do Ambiente, o Secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Roberto Vicentini, e César Lisboa, Secretário de Relações Institucionais do governador Jaques Wagner (PT-BA).
A Assessora do Programa de Soberania Alimentar, Agroecologia e Economia solidária da Ong Fase que também faz parte da organização do evento, Maria Emilia, ressaltou a importância do encontro para debater a Agroecologia como novo modelo de produção e mostrar através dele as experiências concretas. “Precisamos reinventar a tradição, resgatar os valores, isso faz parte do modelo agroecológico que tanto queremos, a partir disso vamos garantir a Soberania Alimentar, a Reforma Agrária e acima de tudo a valorização dos Seres Humanos e dos Ecossistemas.”
O representante do Governador, César Lisboa, destacou que é preciso expandir na luta diária e prática essas ações que vem sendo desenvolvidas em cada comunidade, porque o governo tem divergências que não deixa a pauta da agricultura familiar avançar. “As políticas públicas só serão de fato implementadas se a sociedade, movimentos sociais e as redes da agricultura familiar, forem forjando lutas com muita persistência.”
Os agricultores do campo e da cidade, estudantes, pesquisadores, movimentos sociais entre outras redes e organizações envolvidas no debate da Agricultura Familiar, vão realizar até quinta (29) círculos de depoimentos com trocas de experiências, a feira de saberes e sabores, além de realizarem as plenárias onde estão se dando grandes discussões em torno das propostas e alternativas para fortalecer a Agroecologia contrapondo o Agronegócio que vem explorando e tirando muitos trabalhadores e trabalhadoras do meio rural.
O encontro foi pensado e organizado pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), o Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES), a Rede Brasileira de Justiça Ambiental (RBJA), a Rede Alerta contra o Deserto Verde (RADV), a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), a Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), o Fórum Brasileiro de Soberania e de Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN), a Marcha Mundial de Mulheres (MMM) e a Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB).
A oficina foi restrita as mulheres, e teve como um dos objetivos dialogar sobre a importância de fortalecer a organização feminina através da Agroecologia e as estratégias para que isso aconteça em cada organização/ movimento social e suas respectivas regiões.
Maria Emília Pacheco, comenta que o agronegócio cria bloqueio para o desenvolvimento da Reforma Agrária e a Agroecologia. “Temos que nos aprofundar no debate da Agroecologia, pois o agronegócio tirou de nós mulheres a liberdade de compartilharmos nosso conhecimento entre outras pessoas, colocando nós sempre como a segunda opção de opinião.”
Apesar da invisibilidade, na grande maioria das vezes são elas que fortalecem a agricultura familiar e a auto organização, tendo como principio trazer o conhecimento como forma de inovação e organização dos sistemas produtivos.
O Grupo é composto por agricultoras, agricultores, lideranças e técnicos de Polo e da AS- PTA.
FONTE: http://dialogoseconvergencias.org/