Somos um movimento de organizações da sociedade que a partir da identificação, sistematização e mapeamento de experiências procura se articular no estado com o objetivo de fortalecer as iniciativas agroecológicas
Atentar-se para suas diferentes paisagens, conflitos, anúncios e denúncias que marcam as histórias locais de resistência e embalam as rotas dos caravaneiros dos quatro estados do sudeste rumo ao Jequitinhonha. Essa é a I Caravana Agroecológica e Cultural da Região Sudeste que acontece de 16 a 22 de novembro, promovida pelo Projeto “Comboio Agroecológico”, realizado pela Universidade Federal de Viçosa em parceria com grupos agroecológicos e outras universidades da região. Diferentes rotas partem rumo ao Jequitinhonha, levantando poeira e promovendo intercâmbio de experiências e interação cultural por onde passam.
No percurso Zona da Mata, Rio Doce e Montes Claros, Viçosa, Itaobim, Araponga, Itinga, Diamantina e Turmalina. São os diferentes caminhos que se encontrarão no sertão de Minas Gerais, trazendo na bagagens reflexões e práticas concretas que permitam acumular pistas sobre: “Por que interessa à sociedade apoiar a Agroecologia?”, indagação que prossegue com o movimento agroecológico desde o processo preparatório Rumo ao III ENA, realizado em maio em Juazeiro da Bahia. Além de incentivar a postura investigativa e intercâmbio entre os participantes do projeto, a proposta metodológica das Caravanas busca explicitar os conflitos territoriais envolvendo as experiências de resistência camponesa.
Do Rio de Janeiro, um grupo de 25 pessoas partiu na madrugada do dia 17/11, reunindo representantes da região Norte, Serramar, Metropolitana, estudantes, pesquisadores e demais representantes que seguiram rumo a Minas Gerais levando a diversidade de experiências do estado no enfrentamento aos conflitos territoriais que atingem as comunidades rurais e ameaçam a produção e vida dos pequenos agricultores/as.
O grupo que reuniu membros das entidades e experiências que compõe a Articulação de Agroecologia do Rio de Janeiro (AARJ), já percorreu o assentamento do MST em Goaianá, o Quilombo Botafogo e desembarcou no Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM) de onde parte para a nova rota, no dia 18.
“Lá vem o sol e que venha a chuva. Olha o Comboio no meio da rua!!”
Mais informações em breve, nas próximas estações e paradas desse Comboio Agroecológico e Cultural.
Fotos: Mariana Telles Texto: Natália Souza